Polícia faz retratos falados de suspeitos de roubo a secretário no Jaguaré
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011A Polícia Civil de São Paulo divulgou nesta sexta-feira os retratos falados de três homens suspeitos de envolvimento no assalto à casa do ex-secretário da Segurança e atual secretário de Transportes e Logística do Estado, Saulo de Castro Abreu Filho, no bairro do Jaguaré.
Quatro homens armados invadiram a casa do secretário na noite de segunda-feira (7). Ele, a mulher, uma filha e uma amiga foram feitos reféns por três horas. A casa fica no Alto de Pinheiros, bairro de alto padrão na zona oeste da cidade.
Os bandidos levaram R$ 4.500 em dinheiro, dois celulares –um particular e um da secretaria–, quatro laptops, joias femininas, um revólver calibre 38 e uma pistola 380.
Nas reconstituições do Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado), que investiga o caso, foram consideradas as seguintes características dos suspeitos: um rapaz pardo, aparentando 18 anos, magro, 1,70 m de altura, cabelos raspados e olhos castanhos; um homem pardo, aparentando 27 anos, porte médio, 1,80 m de altura, cabelos castanhos curtos e olhos castanhos; um homem negro, aparentando de 32 anos, porte médio, 1,75 de altura, cabelos e olhos castanhos e com cavanhaque.
VIGIAS
Ao falar sobre o assalto, o delegado-geral da Polícia Civil de SP, Marcos Carneiro Lima, afirmou que “somente a polícia não consegue resolver problema dessa envergadura” e cobrou participação efetiva de vigias de rua na segurança pública.
O secretário da Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, desautorizou o discurso de Lima dizendo que a polícia não irá cobrar uma atuação mais efetiva dos vigias.
O secretário, porém, tentou amenizar a polêmica dizendo que a população precisa cobrar um melhor trabalho dos vigias. “A expressão foi no sentido de não desprezar toda e qualquer informação que possa vir, mesmo que seja desses vigilantes. Mas longe de pensar em uma parceria.”
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que a “responsabilidade do poder de polícia é do Estado”, mas que a declaração do delegado deve ser vista como um convite a um trabalho conjunto. “O Estado investe e nós vamos trabalhar firmemente nisso. Agora, regular, fiscalizar a guarda, ter uma ação de sinergia, isso é bom.”
Para Alckmin, o assalto foi uma coincidência e não teve relação com o cargo de Saulo. O governador ressaltou, no entanto, que é preciso esperar que as investigações terminem antes de tirar conclusões definitivas.
Secretário de Segurança Pública em 2006, ano dos ataques da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) às forças de segurança, Saulo é até hoje tido como um alvo para os criminosos desse grupo.
Fonte: O Estado de S. Paulo